quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Redes sociais: Paixão nacional Vs. Desigualdade social


Antes as únicas paixões dos brasileiros eram futebol, samba, mulher e carnaval. A essa lista agora podemos incluir as redes sociais.
O Instituto Ibope Nielsen divulgou esta semana um estudo que traça um raio-x do perfil brasileiro nas redes sociais. O estudo mostra as preferências, comportamento e outros aspectos do brasileiro nas redes.
O que mais chama a atenção no estudo é os agrupamentos como são classificados os internautas e as redes de preferência de acordo com o seu poder aquisitivo. Pois bem, como toda pesquisa quantitativa, as classes AB e os emergentes C competem por igual espaço na web. Ou seja, quase todos os brasileiros acessam as redes sociais. A diferença começa agora quanto ao conteúdo e público alvo de cada delas.
O orkut se consolidou como  a mais popular e serviu como porta de entrada para as demais. Já Twitter e Facebook brigam pela vice liderança.
O que chama a atenção é que mesmo com os altos números de adesão, o orkut é o que abriga a parte da população menos instruída, em contrapartida, as outras duas lideram entre a classe 'intelectualizada' (AB). Nelas os grupos se subdividem em produtores de conteúdo, seguidores e os que participam e fazem barulho (Buzz).
A minha maior dúvida começou quando parei para analisar estas informações que mostram de forma turva a dura realidade do país. Mesmo estando mais conectado,  a pesquisa mostra que as diferenças sociais e culturais agora invadem também as redes sociais de um modo geral.
Orkut tem como característica os relacionamentos, e geralmente é usado para trocar e comentar fotos, recados, menos informação.
Já as outras redes, tem como principal característica a troca de notícias, o local onde os internautas buscam  informações antes de consultar os sites de notícia. Essa diferença acaba gerando na rede uma desigualdade em vários âmbitos, começando pelo da informação, até chegar ao educacional.
Outro ponto interessante é que as redes sociais Twitter, Facebook, Sonico, tem um maior número de adeptos maiores de 21 anos, ou seja não é coisa de adolescente, como pensado no início da propagação da www.
Do mesmo modo como as redes fazem parte da vida de todos, nela os mesmos usuários que procuram por informação, também produzem conteúdo e são formadores de opnião.
O que acho importante e que ressalto aqui é como nós comunicadores podemos contribuir para que a tão famosa democracia digital seja usada plenamente.
É preocupante ver que as facilidades de acesso à internet, sejam atráves de lan houses, ou pela compra de um computador parcelado, contribuem para o aumento das desigualdades, agora na internet.
Convido vocês a refletirem sobre isso. O que podemos fazer para que da mesma forma que a maioria tenha acesso às redes e à internet, eles tenham na mesma intensidade o acesso à informação, além de contribuir para que as redes sociais não acabem virando um mero massificador.
Segue o link do blog Midias Sociais com o estudo. Vale a pena conferir

Nenhum comentário:

Postar um comentário